Alto Araguaia - Tecnologias na Educação: Ensinando e Aprendendo com as TIC/100h

Este blog é destinado aos cursistas de Tecnologia na Educação no municipio de Alto Araguaia, Mato Grosso.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Cronograma dos encontros presenciais

Turmas da professora Cirlei

Turma 01: 03 e 24/06 - 08/07 - 05 e 19/08 - 16 e 30/09 - 14/10
Turma 02: 04 e 25/06 - 09/07 - 06 e 20/08 - 17/09 - 01 e 15/10
Turma 03: 07 e 27/06 - 08 e 22/08 - 13 e 19/09 - 03 e 18/10


Turmas da professora Zuleide

Turma 04: 17/06 - 01/07 - 12 e 26/08 - 09 1 23/09 - 07 e 21/10
Turma 05: 18/06 - 02/07 - 13 e 27/08 - 10 e 24/09 - 08 e 22/10
Turma 06: 20/06 - 04/07 - 15 e 29/08 - 12 e 26/09 - 10 e 24/10



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sábado, 27 de junho de 2009

Segundo encontro presencial

Curso de Tecnologia na Educação – Aprendendo e Ensinando com as TIC/100h.


Turma 04

dia - 01/07 (4 feira)

horário - 7:00h as 11:00h

Local - EE Carlos Hugueney


Turma 05

dia - 02/07 (5 feira)

horário - 19:00h as 23:00h

Local - EE Carlos Hugueney


Turma 06

dia - 04/07 (sábado)

horário - 13:00h as 17:00h

Local - EE Carlos Hugueney

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terça-feira, 23 de junho de 2009

Plano de ação II encontro

Plano de ação


Atividades realizadas no segundo encontro presencial


1 - Dinâmica: Abraço

2 - Apresentação dos trabalhos de pesquisa sobre tecnologias existente nas escolas, realizados pelos cursistas;

3 – Verificar as dificuldades encontradas ao trabalhar com o portal do E-Proinfo e o Blog;

4 - Acessar o blog: http://altoaraguaiatics.blogspot.com

  • Atividades para serem realizadas on line;
  • Verificarem as leituras disponíveis;
  • Verificar os encontros presenciais;

5 - Acessar o portal do E-proinfo: http://www.eproinfo.mec.gov.br/

  • Atualizar os dados cadastrais;
  • Logar como aluno;
  • Navegar no portal explorando-o;
  • Fazer comentário dos colegas nos fóruns;
  • Utilizar a lista do webmail para enviar email;


*NÃO ESQUECER:

  • intervalo
  • cronometrar o tempo
  • fotos
  • lista de presença


Multiplicadora: Cirlei Torres de Rezende


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Plano de ação I encontro

Plano de ação


Atividades realizadas no primeiro encontro presencial


1 - Dinâmica: Abrindo o jogo

2 - Acessar o blog: http://altoaraguaiatics.blogspot.com

  • Apresentação do blog;
  • Como navegar no blog;
  • Apresentação do curso;
  • Boas vindas;
  • Objetivos do curso;
  • Conteúdo do curso;
  • O que é esperado no final do curso?
  • Dicas importantes;
  • Vídeo: Tecnologia na Educação - http://www.youtube.com/watch?v=0Z2VnWfe33M
  • Tutoriais para trabalhar no portal do E-proinfo;
  • Mostrar fotos (slide) do curso Linux 40h -2008;

3 - Acessar o portal do E-proinfo: http://www.eproinfo.mec.gov.br/

  • Abertura de email;
  • Atualizar os dados cadastrais;
  • Logar como aluno;
  • Navegar no portal explorando-o;
  • Fazer sua apresentação no fórum;
  • Utilizar a lista do webmail para enviar email;
  • Em módulo conhecer as atividades propostas;
  • Utilizar um processador de texto para responder: quem sou eu como professor(a) e aprendiz.
  • Postar na biblioteca o texto anterior;
  • Orientar o estudo on line.


*NÃO ESQUECER:

  • lista de presença
  • intervalo
  • cronometrar o tempo
  • fotos

Multiplicadora: Cirlei Torres de Rezende

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segunda-feira, 22 de junho de 2009

Atividade 1.8

Análise da pesquisa


Nessa atividade os cursistas deverão organizar a divulgação do resultado e a analise da pesquisa sobre Trabalho por Projetos realizada nas escolas, a ser apresentada no encontro presencial. Essa pesquisa deverá ser postada na Biblioteca, no tema: “Atividade 1.8”, subtema: “Trabalho por Projetos”. Salvar por exemplo como: ativ08_cirleitr_unid01


Obs. levar em CD ou pen drive para apresentação no encontro presencial de conclusão da Unidade I. Você escolhe como deverá ser feita a apresentação para os colegas.

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Atividade 1.7

Pesquisa

Faça uma pesquisa envolvendo uma experiência de trabalho por projeto, realizada no contexto da escola. Esta pesquisa poderá ser feita via Internet ou contato (entrevistas, observação, leitura de artigos ou livros) com professores. Considere, nesta pesquisa, algumas características do projeto: tema, conteúdos curriculares envolvidos, números de alunos e professores participantes, tecnologias e mídias utilizadas, duração, atitudes dos alunos, entre outros. Organize e documente as informações pesquisadas. Elabore uma análise sobre os dados pesquisados, usando o editor de textos. Salve o documento na pasta “Meus documentos”, atribuindo um nome que facilite a sua identificação, da seguinte forma: ativ07_cirleitr_unid01 Por exemplo: para esta atividade, realizada pelo Cirlei Torres de Rezende, o nome do arquivo será: ativ07_cirleitr_unid01 Recomendamos não utilizar acentos, cedilha, sinais de pontuação e outros caracteres especiais. O traço que sugerimos utilizar (sinal de underline ou sublinhado) é aceito pelo computador como uma letra comum. Poste o arquivo desta atividade na Biblioteca, em Material do Aluno, tema: “Atividade 7” subtema: “Pesquisa_Trabalho_Projeto”. Acesse as atividades elaboradas pelos colegas, que estão disponíveis no acervo da Biblioteca, em Material do Aluno, para conhecer suas reflexões e relatos.


Obs. não deixe de ver os textos nencinados na atividade anterior.


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Pedagogia de projetos: fundamentos e implicações

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Maria Elisabette Brisola Brito Prado(1)

Se fizermos do projeto uma camisa-de-força para todas as atividades escolares, estaremos engessando a prática pedagógica. (Almeida, 2001)


Introdução

Atualmente, uma das temáticas que vêm sendo discutidas no cenário educacional é o trabalho por projetos. Mas que projeto? O projeto político-pedagógico da escola? O projeto de sala de aula? O projeto do professor? O projeto dos alunos? O projeto de informática? O projeto da TV Escola? O projeto da biblioteca? Essa diversidade de projetos que circula freqüentemente no âmbito do sistema de ensino muitas vezes deixa o professor preocupado em saber como situar sua prática pedagógica em termos de propiciar aos alunos uma nova forma de aprender integrando as diferentes mídias nas atividades do espaço escolar.

Existem, em cada uma dessas instâncias do projeto, propostas e trabalhos interessantes; a questão é como conceber e tratar a articulação entre as instâncias do projeto para que de fato seja reconstruída na escola uma nova forma de ensinar, integrando as diversas mídias e conteúdos curriculares numa perspectiva de aprendizagem construcionista. Segundo Valente (1999), o construcionismo "significa a construção de conhecimento baseada na realização concreta de uma ação que produz um produto palpável (um artigo, um projeto, um objeto) de interesse pessoal de quem produz " (p. 141).

Na pedagogia de projetos, o aluno aprende no processo de produzir, levantar dúvidas, pesquisar e criar
relações que incentivam novas buscas, descobertas, compreensões e reconstruções de conhecimento. Portanto, o papel do professor deixa de ser aquele que ensina por meio da transmissão de informações – que tem como centro do processo a atuação do professor – para criar situações de aprendizagem cujo foco incida sobre as relações que se estabelecem nesse processo, cabendo ao professor realizar as mediações necessárias para que o aluno possa encontrar sentido naquilo que está aprendendo a partir das relações criadas nessas situações. A esse respeito Valente (2000) acrescenta: "(...) no desenvolvimento do projeto o professor pode trabalhar com [os alunos] diferentes tipos de conhecimentos que estão imbricados e representados em termos de três construções: procedimentos e estratégias de resolução de problemas, conceitos disciplinares e estratégias e conceitos sobre aprender" (p. 4).

No entanto, para fazer a mediação pedagógica, o professor precisa acompanhar o processo de aprendizagem do aluno, ou seja, entender seu caminho, seu universo cognitivo e afetivo, bem como sua cultura, história e contexto de vida. Além disso, é fundamental que o professor tenha clareza da sua intencionalidade pedagógica para saber intervir no processo de aprendizagem do aluno, garantindo que os conceitos utilizados, intuitivamente ou não, na realização do projeto sejam compreendidos, sistematizados e formalizados pelo aluno.

Outro aspecto importante na atuação do professor é o de propiciar o estabelecimento de relações interpessoais entre os alunos e respectivas dinâmicas sociais, valores e crenças próprios do contexto em que vivem. Portanto, existem três aspectos fundamentais que o professor precisa considerar para trabalhar com projetos: as possibilidades de desenvolvimento de seus alunos; as dinâmicas sociais do contexto em que atua e as possibilidades de sua mediação pedagógica.

O trabalho por projetos requer mudanças na concepção de ensino e aprendizagem e, conseqüentemente, na postura do professor. Hernández (1988) enfatiza que o trabalho por projeto "não deve ser visto como uma opção puramente metodológica, mas como uma maneira de repensar a função da escola" (p. 49). Essa compreensão é fundamental, porque aqueles que buscam apenas conhecer os procedimentos, os métodos para desenvolver projetos, acabam se frustrando, pois não existe um modelo ideal pronto e acabado que dê conta da complexidade que envolve a realidade de sala de aula, do contexto escolar.

Mas que realidade? Claro que existem diferenças e todas precisam ser tratadas com seriedade para que a comunidade escolar possa constituir-se em um espaço de aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento cognitivo, afetivo, cultural e social dos alunos. Uma realidade com a qual o professor depara atualmente é caracterizada pela chegada de novas tecnologias (computador, Internet, vídeo, televisão) na escola, que apontam novos desafios para a comunidade escolar. O que fazer diante desse novo cenário? De repente, o professor que, confortavelmente, desenvolvia sua ação pedagógica – tal como havia sido preparado durante sua vida acadêmica e pela sua experiência em sala de aula – se vê diante de uma situação que implica novas aprendizagens e mudanças na prática pedagógica.

A pedagogia de projetos, embora constitua um novo desafio para o professor, pode viabilizar ao aluno um modo de aprender baseado na integração entre conteúdos das várias áreas do conhecimento, bem como entre diversas mídias (computador, televisão, livros) disponíveis no contexto da escola. Por outro lado, esses novos desafios educacionais ainda não se encaixam na estrutura do sistema de ensino, que mantém uma organização funcional e operacional – como, por exemplo, horário de aula de 50 minutos e uma grade curricular seqüencial – que dificulta o desenvolvimento de projetos que envolvam ações interdisciplinares, que contemplem o uso de diferentes mídias disponíveis na realidade da escola e impliquem aprendizagens que extrapolam o tempo da aula e o espaço físico da sala de aula e da escola.

Daí a importância do desenvolvimento de projetos articulados que envolvam a co-autoria dos vários protagonistas do processo educacional. O fato de um projeto de gestão escolar estar articulado com o projeto de sala de aula do professor, que por sua vez visa propiciar o desenvolvimento de projetos em torno de uma problemática de interesse de um grupo de alunos, integrando o computador, materiais da biblioteca e a televisão, torna-se fundamental para o processo de reconstrução de uma nova escola. Isso porque a parceria que se estabelece entre os protagonistas (gestores, professores, alunos) da comunidade escolar pode facilitar a busca de soluções que permitam viabilizar a realização de novas prática pedagógicas, tendo em vista a aprendizagem para a vida.

A pedagogia de projetos, na perspectiva da integração entre diferentes mídias e conteúdos, envolve a interrelação de conceitos e princípios, os quais sem a devida compreensão podem fragilizar qualquer iniciativa de melhoria de qualidade na aprendizagem dos alunos e de mudança da prática do professor. Por essa razão, os tópicos a seguir abordam e discutem alguns conceitos, bem como possíveis implicações envolvidas na perspectiva da pedagogia de projetos, que se viabiliza pela articulação entre mídias, saberes e protagonistas.

Conceito de projeto

A idéia de projeto envolve a antecipação de algo desejável que ainda não foi realizado, traz a idéia de pensar uma realidade que ainda não aconteceu. O processo de projetar implica analisar o presente como fonte de possibilidades futuras (Freire e Prado, 1999). Tal como vários autores(2) sugerem, a origem da palavra projeto deriva do latim projectus, que significa algo lançado para a frente. A idéia de projeto é própria da atividade humana, da sua forma de pensar em algo que deseja tornar real, portanto o projeto é inseparável do sentido da ação (Almeida, 2002). Assim, Barbier (In Machado, 2000) salienta: "(...) o projeto não é uma simples representação do futuro, do amanhã, do possível, de uma idéia; é o futuro a fazer, um amanhã a concretizar, um possível a transformar em real, uma idéia a transformar em acto" (p. 6).

No entanto, o ato de projetar requer abertura para o desconhecido, para o não-determinado e flexibilidade para reformular as metas à medida que as ações projetadas evidenciam novos problemas e dúvidas. Um dos pressupostos básicos do projeto é a autoria – seja individual, em grupo ou coletiva. A esse respeito, Machado (2000) destaca que não se pode ter projeto pelos outros. É por essa razão que enfatizamos que a possibilidade de o professor ter o seu projeto de sala de aula não significa que este deverá ser executado pelo aluno. Cabe ao professor elaborar projetos para viabilizar a criação de situações que propiciem aos alunos desenvolverem seus próprios projetos. São níveis de projetos distintos que se articulam nas interações em sala de aula. Por exemplo, o projeto do professor pode ser descobrir estratégias para que os alunos construam seus projetos tendo em vista discutir sobre uma problemática de seu cotidiano ou de um assunto relacionado com os estudos de certa disciplina, envolvendo o uso de diferentes mídias disponíveis no espaço escolar.

Isso significa que o projeto do professor pode ser constituído pela própria prática pedagógica, a qual será antecipada (relacionando as referências das experiências anteriores e as novas possibilidades do momento), colocada em ação, analisada e reformulada. De certa forma, essa situação permite ao professor assumir uma postura reflexiva e investigativa da sua ação pedagógica e, portanto, caminhar no sentido de reconstruí-la com vistas a integrar o uso das mídias numa abordagem interdisciplinar.

Para isso, é necessário compreender que no trabalho por projetos as pessoas se envolvem para descobrir ou produzir algo novo, procurando respostas a questões ou problemas reais. "Não se faz projeto quando se tem certezas, ou quando se está imobilizado por dúvidas " (Machado, 2000, p. 7). Isso significa que o projeto parte de uma problemática e, portanto, quando se conhece a priori todos os passos para solucionar o problema, esse processo se constitui num exercício e aplicação do que já se sabe (Almeida, 2002). Projeto não pode ser confundido com um conjunto de atividades que o professor propõe para que os alunos realizem a partir de um tema dado pelo professor ou sugerido pelo aluno, resultando numa apresentação de trabalho.

Na pedagogia de projetos, é necessário "ter coragem de romper com as limitações do cotidiano, muitas vezes auto-impostas" (Almeida e Fonseca Júnior, 2000, p. 22) e "delinear um percurso possível que pode levar a outros, não imaginados a priori" (Freire e Prado, 1999, p. 113). Mas, para isso é fundamental repensar as potencialidades de aprendizagem dos alunos para a investigação de problemáticas que possam ser significativas para eles e repensar o papel do professor nessa perspectiva pedagógica, integrando as diferentes mídias e outros recursos existentes no contexto da escola.

Aprendendo e "ensinando" com projetos

A pedagogia de projetos deve permitir que o aluno aprenda-fazendo e reconheça a própria autoria naquilo que produz por meio de questões de investigação que lhe impulsionam a contextualizar conceitos já conhecidos e descobrir outros que emergem durante o desenvolvimento do projeto. Nessa situação de aprendizagem, o aluno precisa selecionar informações significativas, tomar decisões, trabalhar em grupo, gerenciar confronto de idéias, enfim, desenvolver competências interpessoais para aprender de forma colaborativa com seus pares.

A mediação do professor é fundamental, pois, ao mesmo tempo que o aluno precisa reconhecer sua própria autoria no projeto, ele também precisa sentir a presença do professor, que ouve, questiona e orienta, visando propiciar a construção de conhecimento do aluno. A mediação implica a criação de situações de aprendizagem que permitam ao aluno fazer regulações, uma vez que os conteúdos envolvidos no projeto precisam ser sistematizados para que os alunos possam formalizar os conhecimentos colocados em ação. O trabalho por projeto potencializa a integração de diferentes áreas de conhecimento, assim como a integração de várias mídias e recursos, os quais permitem ao aluno expressar seu pensamento por meio de diferentes linguagens e formas de representação. Do ponto de vista de aprendizagem no trabalho por projeto, Prado (2001) destaca a possibilidade de o aluno recontextualizar aquilo que aprendeu, bem como estabelecer relações significativas entre conhecimentos. Nesse processo, o aluno pode ressignificar os conceitos e as estratégias utilizados na solução do problema de investigação que originou o projeto e, com isso, ampliar seu universo de aprendizagem.

Em se tratando dos conteúdos, a pedagogia de projetos é vista por seu caráter potencializador da interdisciplinaridade. Isto de fato pode ocorrer, pois o trabalho com projetos permite romper com as fronteiras disciplinares, favorecendo o estabelecimento de elos entre as diferentes áreas do conhecimento numa situação contextualizada da aprendizagem. No entanto, muitas vezes o professor atribui valor para as práticas interdisciplinares, e com isso passa a negar qualquer atividade disciplinar. Essa visão é equivocada, pois Fazenda (1994) enfatiza que a interdisciplinaridade se dá sem que haja perda da identidade das disciplinas. Nesse sentido, Almeida (2002) corrobora com essas idéias destacando:

"(...) que o projeto rompe com as fronteiras disciplinares, tornando-as permeáveis na ação de articular diferentes áreas de conhecimento, mobilizadas na investigação de problemáticas e situações da realidade. Isso não significa abandonar as disciplinas, mas integrá-las no desenvolvimento das investigações, aprofundando-as verticalmente em sua própria identidade, ao mesmo tempo, que estabelecem articulações horizontais numa relação de reciprocidade entre elas, a qual tem como pano de fundo a unicidade do conhecimento em construção" (p. 58).

O conhecimento específico – disciplinar – oferece ao aluno a possibilidade de reconhecer e compreender as particularidades de um determinado conteúdo, e o conhecimento integrado – interdisciplinar – dá-lhe a possibilidade de estabelecer relações significativas entre conhecimentos. Ambos se realimentam e um não existe sem o outro.

Esse mesmo pensamento serve para orientar a integração das mídias no desenvolvimento de projetos. Conhecer as especificidades e as implicações do uso pedagógico de cada mídia disponível no contexto da escola favorece ao professor criar situações para que o aluno possa integrá-las de forma significativa e adequada ao desenvolvimento do seu projeto. Por exemplo, quando o aluno utiliza o computador para digitar um texto, é importante que o professor conheça o que envolve o uso desse recurso em termos de ser um meio pedagógico, mas um meio que pode interferir no processo de o aluno reorganizar suas idéias e a maneira de expressá-las. De igual maneira em relação a outras mídias que estão ao alcance do trabalho pedagógico. Estar atento e buscando a compreensão do uso das mídias no processo de ensino e aprendizagem é fundamental para sua integração no trabalho por projetos.

De fato, a integração efetiva poderá ser desenvolvida à medida que sejam compreendidas as especificidades de cada universo envolvido, de modo que as diferentes mídias possam ser integradas ao projeto, conforme suas potencialidades e características, caso contrário, corre-se o risco da simples justaposição de mídias ou de sua subutilização. Isso nos reporta a uma situação já conhecida de muitos professores que atuam com a informática
na educação. Um especialista em informática que não compreende as questões relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem terá muita dificuldade para fazer a integração das duas áreas de conhecimento – informática e educação. Isso também acontece no caso de um especialista da educação que não conhece as funcionalidades, as implicações e as possibilidades interativas envolvidas nos diferentes recursos computacionais. Claro que não se espera a mesma expertise nas duas áreas de conhecimento para poder atuar com a informática na educação, mas o desconhecimento de uma das áreas pode desvirtuar uma proposta integradora da informática na educação. Para integrá-las, é preciso compreender as características inerentes às duas áreas e às práticas pedagógicas nas quais essa integração se concretiza.

Essa visão atualmente apresenta-se de forma mais ampla, uma vez que o desenvolvimento da tecnologia avança vertiginosamente e sua presença na escola se torna mais freqüente a cada dia. Uma preocupação é que o professor não foi preparado para desenvolver o uso pedagógico das mídias. E para isso não basta que ele aprenda a operacionalizar os recursos tecnológicos, a exigência em termos de desenvolver novas formas de ensinar e de aprender é muito maior. Essa questão, no entanto, diz respeito à formação do professor – aquela que poderá ser desenvolvida na sua própria ação e de forma continuada, pois hoje com a tecnologia basta ter o apoio institucional que prioriza a qualidade do trabalho educacional.

Algumas considerações

O fato de a pedagogia de projetos não ser um método para ser aplicado no contexto da escola dá ao professor uma liberdade de ação que habitualmente não acontece no seu cotidiano escolar. No entanto, essa situação pode provocar um certo desconforto, pois seus referenciais sobre como desenvolver a prática pedagógica não se encaixam nessa perspectiva de trabalho. Assim, surgem entre os professores vários tipos de questionamentos, que representam uma forma interessante na busca de novos caminhos. Mas se o trabalho por projetos for visto tanto pelo professor como pela direção da escola como uma camisa-de-força, isso pode paralisar as ações pedagógicas e seu processo de reconstrução.

Uma questão que gera questionamento entre os professores é o fato de que nem todos os conteúdos curriculares previstos para serem estudados numa determinada série/nível de escolaridade são possíveis de serem abordados no contexto do projeto. Essa é uma situação que mostra que o projeto não pode ser concebido como uma camisa-de-força, pois existem momentos em que outras estratégias pedagógicas precisam ser colocadas em ação para que os alunos possam aprender determinados conceitos.

Nesse sentido, é necessário que o professor tenha abertura e flexibilidade para relativizar sua prática e as estratégias pedagógicas, com vistas a propiciar ao aluno a reconstrução do conhecimento. O compromisso educacional do professor é justamente saber o que, como, quando e por que desenvolver determinadas ações pedagógicas. E para isso é fundamental conhecer o processo de aprendizagem do aluno e ter clareza da sua intencionalidade pedagógica.

Outro questionamento que normalmente vem à tona diz respeito à duração de um projeto, uma vez que a atuação do professor segue um calendário escolar e, portanto, pensar na possibilidade de ter um projeto sem fim cria uma certa preocupação em termos de seu compromisso com os alunos de uma determinada turma. Nesse sentido, uma possibilidade seria pensar no desenvolvimento de um projeto que tenha começo, meio e fim, tratando esse fim como um momento provisório, ou seja, que a partir de um fim possam surgir novos começos. A importância desse ciclo de ações é justamente que o professor possa criar momentos de sistematização dos conceitos, estratégias e procedimentos utilizados no desenvolvimento do projeto. A formalização pode propiciar a abertura para um novo ciclo de ações num nível mais elaborado de compreensão dando, portanto, o formato de uma espiral ascendente, representando o mecanismo do processo de aprendizagem.

Referências bibliográficas

ALMEIDA, F. J.;FONSECA JÚNIOR, F. M. Projetos e ambientes inovadores. Brasília: Secretaria de Educação a Distância – Seed/ Proinfo – Ministério da Educação, 2000.

ALMEIDA, M. E. B. de. Como se trabalha com projetos (entrevista). Revista TV Escola. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, no 22, março/abril, 2002.

PROEM. Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo, 2002.

FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. Campinas Papirus, 1994.

FREIRE, F. M. P.; PRADO, M. E. B. B. Projeto pedagógico: pano de fundo para escolha de um softwares educacional.

In VALENTE, J. A. (Org.) O computador na sociedade do conhecimento. Campinas: Unicamp-nied, 1999.

HERNÁNDEZ, F. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

MACHADO, N. J. Educação: projetos e valores. São Paulo: Escrituras Editora, 2000.

PRADO, M. E. B. B. Articulando saberes e transformando a prática. Boletim do Salto para o Futuro. Série Tecnologia e Currículo, TV Escola. Brasília: Secretaria de Educação a Distância – Seed. Ministério da Educação, 2001.

PROEM. Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo, 2002.

VALENTE, J. A. Formação de professores: diferentes abordagens pedagógicas. In VALENTE, J. A. (Org.) O computador na sociedade do conhecimento. Campinas: Unicamp-nied, 1999.

REPENSANDO as situações de aprendizagem: o fazer e o compreender. Boletim do Salto para o Futuro. TV Escola. Brasília: Secretaria de Educação a Distância – Seed. Ministério da Educação, 2002.

Notas:
(1) Pesquisadora-colaboradora do Núcleo de Informática Aplicado à Educação (Nied-unicamp) e doutoranda do Programa de Pós- Graduação em Educação: currículo da PUC-SP.
(2) Tais como: Machado (2000); Freire e Prado (1999); Almeida (2002); Almeida e Fonseca Júnior (2000).


Fonte: Salto para o Futuro

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Integração de tecnologias com as mídias digitais

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Tema debatido na série Integração de tecnologias, linguagens e representações, apresentado no programa Salto para o Futuro/TV Escola, de 2 a 6 de maio de 2005
(Programa 1)


INTEGRAÇÃO DE MÍDIAS E A RECONSTRUÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA


Maria Elisabette Brisola Brito Prado(1)


Atualmente, várias escolas públicas e privadas têm disponível o acesso às diversas mídias para serem inseridas no processo de ensino e aprendizagem. No entanto, diante deste novo cenário educacional, surge uma nova demanda para o professor: saber como usar pedagogicamente as mídias. Com isso, o professor que, confortavelmente, desenvolvia sua ação pedagógica tal como havia sido preparado durante a sua vida acadêmica e em sua experiência em sala de aula, se vê frente a uma situação que implica novas aprendizagens e mudanças na prática pedagógica.

De fato, o professor, durante anos, vem desenvolvendo sua prática pedagógica prioritariamente, dando aula, passando o conteúdo na lousa, corrigindo os exercícios e provas dos alunos. Mas este cenário começou (e continua) a ser alterado já faz algum tempo com a chegada de computadores, internet, vídeo, projetor, câmera, e outros recursos tecnológicos nas escolas. Novas propostas pedagógicas também vêm sendo disseminadas, enfatizando novas formas de ensinar, por meio do trabalho por projeto e da interdisciplinaridade, favorecendo o aprendizado contextualizado do aluno e a construção do conhecimento.

Para incorporar as novas formas de ensinar usando as mídias, é comum o professor desenvolver em sala de aula uma prática “tradicional”, ou seja, aquela consolidada com sua experiência profissional – transmitindo o conteúdo para os alunos – e, num outro momento, utilizando os recursos tecnológicos como um apêndice da aula. São procedimentos que revelam intenções e tentativas de integração de mídias na prática pedagógica. Revelam, também, um processo de transição entre a prática tradicional e as novas possibilidades de reconstruções. No entanto, neste processo de transição, pode ocorrer muito mais uma justaposição (ação ou efeito de justapor = pôr junto, aproximar) das mídias na prática pedagógica do que a integração.

Para desenvolver uma prática pedagógica voltada para a integração das mídias, uma das possibilidades tem sido o trabalho por projetos. Na perspectiva da pedagogia de projetos, o aluno aprende-fazendo, aplicando aquilo que sabe e buscando novas compreensões com significado para aquilo que está produzindo (Freire & Prado, 1999; Almeida, 2002; Prado, 2003).

A pedagogia de projeto (2), tendo como enfoque a integração entre diferentes mídias e áreas de conhecimento, envolve a inter-relação de conceitos e de princípios, os quais, se não tiverem a devida compreensão, podem fragilizar qualquer iniciativa de melhoria de qualidade na aprendizagem dos alunos e de mudança da prática do professor.

Em se tratando da aprendizagem por projeto, Prado (2001) enfatiza a sua importância pelo fato de o aluno poder aplicar aquilo que sabe de forma intuitiva e/ou formal, estabelecendo relações entre conhecimentos, o que pode levá-lo a ressignificar os conceitos e as estratégias utilizadas, ampliando o seu escopo de análise e compreensão. Entretanto, essa abordagem pedagógica requer do professor uma postura diferente daquela habitualmente utilizada no sistema da escola, ou seja, requer uma postura que concebe a aprendizagem como um processo que o aluno constrói “como produto do processamento, da interpretação, da compreensão da informação” (Valente, 2003, p. 20).

Assim, os tópicos apresentados a seguir discutem alguns conceitos e as possíveis implicações envolvidas no processo de reconstrução da prática pedagógica voltada para a integração de mídias.

Conceito de Integração
O sentido atribuído à idéia de integração de mídias na prática pedagógica tem sido muitas vezes equivocado. O fato de utilizar diferentes mídias na prática escolar nem sempre significa integração entre as mídias e a atividade pedagógica. Integrar – no sentido de completar, de tornar inteiro – vai além de acrescentar o uso de uma mídia em uma determinada situação da prática escolar. Para que haja a integração, é necessário conhecer as especificidades dos recursos midiáticos, com vistas a incorporá-los nos objetivos didáticos do professor, de maneira que possa enriquecer com novos significados as situações de aprendizagem vivenciadas pelos alunos.

Nesta perspectiva, o cenário educacional requer do professor saber como usar pedagogicamente as mídias e, este “como” envolve saber “o quê” e “o porquê” usar tais recursos. Por outro lado, este saber “como”, “o quê” e “o porquê” usar determinadas mídias encontra-se ancorado em princípios educacionais, orientadores da prática pedagógica do professor. No caso, por exemplo, de um professor desejar desenvolver sua ação tomando por base uma concepção reprodutora de aprendizagem, ele pode utilizar um aplicativo de Editor de texto para o aluno fazer cópia de algo já produzido ou, ainda, utilizar um vídeo para o aluno assistir, por se tratar de um assunto visto em sala de aula.

Neste exemplo, podemos dizer que houve integração de mídias na prática pedagógica? Quais possibilidades foram favorecidas pelo uso das mídias, visando ao aprendizado do aluno?

Utilizar um Editor de texto para fazer uma cópia pode ter ajudado o aluno a aprender a operacionalizar um aplicativo, mas isto é pouco numa perspectiva educacional que concebe o uso das mídias integrado no processo de ensino e aprendizagem. Da mesma forma, em relação ao uso do vídeo, se não houver a mediação do professor, em algum momento, pode se perder muito do potencial desta mídia, que pode trazer informações contextualizadas, por meio de uma linguagem própria, constituída pelo dinamismo de imagens e de sons.

Na mediação pedagógica, o papel do professor é completamente diferente daquele que ensina, transmitindo informações, aplicando exercícios e avaliando aquilo que o aluno responde, em termos de certo ou errado. A mediação pedagógica demanda do professor ações reflexivas e investigativas sobre o seu papel, enquanto aquele que faz a gestão pedagógica, criando condições que favoreçam o processo de construção do conhecimento dos alunos. Nas palavras de Perrenoud (2000), o seu papel concentra-se “na criação, na gestão e na regulação das situações de aprendizagem” (p. 139).

Na perspectiva da integração, em se tratando, por exemplo, do uso pedagógico do vídeo, a mediação do professor deve propiciar que as informações veiculadas por esta mídia sejam interpretadas, ressignificadas e, possivelmente, representadas em outras situações de aprendizagem (usando ou não os recursos da mídia), que possibilitem ao aluno transformar as informações em conhecimento.

Por outro lado, o vídeo também pode ser utilizado como meio de representação do conhecimento do aluno. É um enfoque que pode ser desenvolvido, pelo fato de oferecer um contexto extremamente rico de aprendizagem para o aluno, principalmente quando o professor prioriza ações que permitem ao aluno sentir-se autor-produtor de idéias. Para isto, o professor precisa conhecer as implicações envolvidas na produção de um vídeo, que vão além da operacionalização de uma câmera.

O desenvolvimento de uma atividade ou de um projeto usando a produção de vídeo requer um trabalho em grupo entre os alunos e, muitas vezes, entre os profissionais de uma mesma instituição ou externos a ela. Para produzir um vídeo, o grupo parte de um objetivo, cuja definição envolve negociação e argumentação entre os componentes do grupo, para se chegar a um consenso que seja significativo para todos os envolvidos. Esse consenso, segundo Almeida (2004), deve refletir o “reconhecimento de si mesmo e do outro em sua singularidade e diferenciação, do respeito mútuo, da construção da identidade individual simultânea com a construção do grupo como um sistema que engloba pensamentos, emoções, ações, experiências anteriores, maneiras de ser, estar, sentir, pensar e fazer com o outro”.

Assim, a partir da interação entre os componentes do grupo e da definição do foco do vídeo, a atividade de produção caminha em direção à pesquisa de dados, informações, imagens e à elaboração do roteiro. Nesta situação, o uso da internet, tanto para busca como para comunicação, ganha um sentido importante no processo de produção. E o uso de um Editor de texto também pode ter um papel bastante significativo para o aluno durante a elaboração do roteiro, viabilizando e facilitando o processo de produção da escrita e reescrita do pensamento.

No contexto do roteiro, a produção da escrita envolve vários aspectos de caráter cognitivo e criativo, tais como: antecipações, planejamento, organização lógica das informações e dos fatos pesquisados e coerência entre as imagens, textos e sons, respeitando os parâmetros do tempo e do foco intencional do produto, isto é do vídeo. No entanto, a elaboração do roteiro, bem como a sua concretização para se chegar ao produto, requer outras aprendizagens, de um universo de domínios para o qual o professor não foi preparado. Mas ele pode viabilizar o uso pedagógico deste universo de mídias, trabalhando em parceria com o outro, que pode ser um colega que tenha conhecimento prático sobre tais domínios, ou um aluno ou, ainda, um profissional da área disposto a subsidiar o grupo na atividade/projeto.

Esta possibilidade, evidenciada no exemplo do trabalho em grupo e em parceria, está pautada na perspectiva de aprendizagem em rede, que se constitui em assumir uma postura de “aprendente” e de “ensinante”. É por meio do trabalho colaborativo, compartilhado e coletivamente significativo que este tipo de aprendizagem pode ocorrer. No entanto, esta vivência de aprendizagem não é algo simples, pois no trabalho colaborativo as pessoas expõem suas limitações (provisórias), suas potencialidades e o grau de abertura para a negociação de significados entre os componentes do grupo. Existe o confronto de idéias, que exige o exercício de relacionamento, de abertura, tolerância e a convivência com os diferentes, assim como o diálogo com o outro e consigo mesmo. É neste processo de aprender coletivamente que todos podem se fortalecer na sua singularidade.

Mas como o professor pode vivenciar esta nova forma de aprender, para que possa repensar a sua prática e reconstruí-la? Esta reconstrução da prática é fundamental para que o uso da mídia possa ser integrado às atividades pedagógicas, de modo a propiciar aos alunos novas formas de buscar, interpretar, representar e compreender os conteúdos curriculares num escopo ampliado de ressignificações.

Reconstrução da prática pedagógica
O processo de reconstrução da prática não é simples. Para isto, é necessário propiciar ao professor uma vivência de aprendizagem, em que possa refletir de várias maneiras sobre a própria prática, compartilhando suas experiências, leituras e reflexões com seus pares. Isto significa que o professor, atualmente, pode participar de programas de formação continuada desenvolvidos por meio de ambientes virtuais que privilegiem as interações, a articulação entre a ação e reflexão, a prática e teoria, bem como trabalho individual e colaborativo, contemplando o contexto e o cotidiano de sua atuação na escola (Valente & Prado & Almeida, 2003).

A reconstrução da prática requer a sua compreensão e a articulação de novos referenciais pedagógicos que envolvem os conhecimentos das especificidades das mídias, entre outras competências que o paradigma da sociedade atual demanda. Em síntese, o processo de reconstrução do conhecimento e da prática abarca a concepção de aprender a aprender ao longo da vida, numa rede colaborativa que, por sua vez, é viabilizada pela rede tecnológica, integrando as diversas mídias.

Neste sentido, cabe destacar a experiência do Projeto de Formação de Educadores para Integração de Tecnologias na Escola, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Educação de Goiás, Superintendência de Educação a Distância e Continuada e Gerência de Novas Tecnologias, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo da PUC-SP (3), durante o período de dezembro de 2003 a junho de 2004. Neste projeto, foi realizado um curso de 180 horas na modalidade semipresencial, ou seja, com ações presenciais e a distância viabilizadas pelo ambiente colaborativo de aprendizagem – e-ProInfo (4).

Participaram deste curso 136 alunos, que atuam, profissionalmente, nos Programas de Proformação, Proinfo e TV-Escola, Equipe pedagógica da Gerência de Novas Tecnologias e Representantes das Superintendências do Ensino Médio, Fundamental, Profissional, Especial e Gestão.

Este curso visava propiciar aos alunos o aprendizado em relação à integração das tecnologias, a integração das equipes e a preparação para atuarem com EAD na capacitação, atualização e no acompanhamento do trabalho prático nas unidades escolares. Para isto, foram formados, em cada uma das turmas do curso, grupos de alunos de diferentes áreas de atuação para poderem vivenciar a construção de um trabalho colaborativo de aprendizagem.

Nesta experiência, o trabalho em grupo evidenciou para os participantes que a sua força está na complementaridade dos diferentes talentos. Assim, como resultado do curso, os grupos, num total de 22, elaboraram Propostas de cursos-piloto, envolvendo a gestão, professores de EJA (Educação de Jovens e Adultos), de Alfabetização, dinamizadores e professores de escolas regulares trabalhando com projetos. Esta experiência mostrou que os cursos-piloto representaram as sementes, que foram sendo plantadas durante o curso de formação destes profissionais, e que hoje elas cresceram e estão dando novos frutos! E mais, a experiência deixou claro que a reconstrução da prática para o uso integrado de mídias requer também a integração de programas e, essencialmente, requer pessoas olhando para uma mesma direção em termos de propiciar novas formas de aprendizagem para os alunos.

Referências bibliográficas
- ALMEIDA, M. E. B. de. Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo: PROEM, 2002.

- ALMEIDA, M. E. B. de. O eu e o outro no grupo. São Paulo, Publicação interna em documentos disponibilizados em cursos promovidos pelo Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo da PUC-SP, 2004.

- FREIRE, F. M. P. & PRADO, M. E. B. B. Projeto Pedagógico: Pano de fundo para escolha de um software educacional. In: Valente, J.A. (org.). O computador na Sociedade do Conhecimento. Campinas, SP: UNICAMP-NIED, 1999. p. 111-129.

- PRADO, M. E. B. B. Articulando saberes e transformando a prática. Boletim do Salto para o Futuro. Série Tecnologia e Currículo, TV-ESCOLA-SEED-MEC, 2001. Disponível no site: http:www.tvebrasil.com.br/salto.

- PRADO, M. E. B. B. Pedagogia de Projetos: Fundamentos e Implicações. Boletim do Salto para o Futuro. Série Pedagogia de Projetos e integração de mídias, TV-ESCOLA-SEED-MEC, 2003. Disponível no site: http:www.tvebrasil.com.br/salto.

- VALENTE, J. A. O papel do computador no processo ensino-aprendizagem. Boletim do Salto para o Futuro. Série Pedagogia de Projetos e integração de mídias, TV-ESCOLA-SEED-MEC, 2003. Disponível no site: http:www.tvebrasil.com.br/salto.

- VALENTE, J. A., PRADO, M. E. B. B. & ALMEIDA, M. E. B. de. Formação de Educadores a Distância Via Internet. São Paulo: Avercamp, 2003.

Notas
(1) Professora na Faculdade de Educação, no Curso de Tecnologia e Mídias Digitais da PUC/SP e Pesquisadora-colaboradora-voluntária do Núcleo de Informática Aplicada à Educação NIED-UNICAMP. Autora de publicações sobre Tecnologia, educação a distância e formação de educadores. Consultora dessa série.

(2) Ver mais detalhes em PRADO, M.E.B.B. Pedagogia de Projetos: Fundamentos e Implicações. Boletim do Salto para o Futuro. Série Pedagogia de projetos e integração de mídias, TV-ESCOLA-SEED-MEC, 2003. Disponível no site: http: www.tvebrasil.com.br/salto.

(3) Este projeto foi coordenado, na PUC/SP, pela Profa. Dra. Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida e Prof. Dr. José Armando Valente.

(4) Para saber mais sobre e-ProInfo ver site: http://www.eproinfo.mec.gov.br

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Atividade 1.6 da Unidade 1

Vídeo

Cursistas assista ao vídeo O uso dos recursos tecnológicos na pratica pedagógica e faça comentários a respeito do mesmo em interação no espaço do Diário de Bordo



Devemos agora focalizar em trabalhos por projetos, pois assim a aprendizagem torna-se mais significativa. Como referencia para este estudo, vá ao endereço http://tvebrasil.com.br/salto (faça o download do livro do Salto para o Futuro: Integração das Tecnologias na Educação, programa 1), o artigo: Pedagogia de Projetos: fundamentos e implicaçoes. PRADO. M.E.B.B..In ALMEIDA, M.E.B e MORAN, J.M.(org). integração das Tecnologias na Educação. Salto para o Futuro. Secretaria de MEC/SEED, Brasília, 2005.


Obs. veja em leitura 1.6 que já estão disponiveis.

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Atividade 1.5 da Unidade 1

Fichamento

Nessa atividade cursista, você deverá analisar uma experiência didática na qual o uso de recursos tecnológicos tenha envolvido conteúdos curriculares, lembrando que, essa experiência pode ter sido vivenciada por você ou outro colega. Com base nessa análise, você produzirá um Fichamento a ser salvo na Biblioteca, em material do aluno, tema: “Atividade 1.5” e subtema: “Fichamento”. Salvar de forma que facilite sua identificação: ativ05_cirleitr_unid01

Lembre-se: no fichamento não devemos esquecer:

Assunto:

Material utilizado:

Duração:

Procedimentos:

Resultados:

Obs. Resumidamente.

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domingo, 21 de junho de 2009

Segundo encontro presencial

Curso de Tecnologia na Educação – Aprendendo e Ensinando com as TIC/100h.
Obs. Preste atenção no local. Temos encontros em dois lugares diferentes.


Turma 01
dia - 24/06 (4 feira)
horário - 7:00h as 11:00h
Local - EE Maria Auxiliadora


Turma 02
dia - 25/06 (5 feira)
horário - 19:00h as 23:00h
Local - EE Carlos Hugueney


Turma 03
dia - 27/06 (sábado)
horário - 13:00h as 17:00h
Local - EE Maria Auxiliadora

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Primeiro encontro presencial

Curso de Tecnologia na Educação – Aprendendo e Ensinando com as TIC/100h.


Turma 04

dia - 17/06 (4 feira)

horário - 7:00h as 11:00h

Local - EE Carlos Hugueney


Turma 05

dia - 18/06 (5 feira)

horário - 19:00h as 23:00h

Local - EE Carlos Hugueney


Turma 06

dia - 20/06 (sábado)

horário - 13:00h as 17:00h

Local - EE Carlos Hugueney

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Primeiro encontro presencial

Curso de Tecnologia na Educação – Aprendendo e Ensinando com as TIC/100h.

Turma 01

dia - 03/06 (4 feira)

horário - 7:00h as 11:00h

Local - EE Carlos Hugueney


Turma 02

dia - 04/06 (5 feira)

horário - 19:00h as 23:00h

Local - EE Carlos Hugueney


Turma 03

dia - 07/06 (domingo)

horário - 13:00h as 17:00h

Local - EE Carlos Hugueney

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domingo, 7 de junho de 2009

Atividade 1.4 da Unidade 1

Tecnologias existentes na escola



Fazer uma breve observação na sua escola para levantar quais são as tecnologias mais utilizadas e as formas mais comuns de seus usos. Orientação Didática

1 – Fazer um levantamento: quais são as tecnologias disponíveis na sua escola e como elas vêem sendo utilizadas.

2 – Organizar estas informações usando o Impress- slides ou Power Point (3 a 5 slides) não mais que 5 slides, pois o ambiente não suporta.

3 – Salvar o documento na pasta Meus documentos/Pasta do usuário - atribuindo um nome que facilite sua identificação da seguinte forma:
ativ04_cirleitr_eecarloshugueney_unid01

4 - Postar o arquivo desta atividade na Biblioteca em Material do aluno, tema: “Atividade 1.4” e subtema: “Tecnologias existentes na escola”

OBS. Essa produção também será apresentada no próximo encontro e, se for mais de um cursista por escola pode fazer em dupla, grupo de até 4 elementos, mas cada um postar individualmente na biblioteca

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Tecnologias trazem o mundo para a escola

Entrevista com a professora Maria Elizabeth Biaconcini Almeida
18.07.2008
Por Renata Chamarelli


Professora associada da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Maria Elizabeth Biaconcini Almeida, mais conhecida como Beth Almeida, se dedica a estudar a aplicação de novas tecnologias na educação, desde 1990. Na época, ajudou a estruturar o núcleo de informática da Universidade Federal de Alagoas. Com mestrado e doutorado na área, atua como docente no Programa de Pós-Graduação em Educação pesquisando Novas Tecnologias em Educação.

Em entrevista ao Jornal do Professor, a especialista ressaltou a importância da capacitação dos educadores para a modernização da sala de aula. Segundo ela, as ferramentas de produção colaborativa já são as mais utilizadas e o futuro das escolas será pautado por uma palavra: conectividade.

1. O que são exatamente as novas tecnologias que estão sendo aplicadas na educação?
Quando falamos de novas tecnologias fazemos referência, principalmente, àquelas digitais. Hoje, sabemos que a tendência é de que haja uma convergência de tecnologias e mídias para um único dispositivo. O essencial é que este dispositivo possua ferramentas de produção colaborativa de conhecimento, de busca de informações atualizadas. Isso possibilita uma comunicação multidirecional, na qual todos são autores do processo ou, pelo menos, têm potencial para ser.

2. Quando surgiu a discussão sobre esse assunto?
O primeiro projeto público surgiu no Brasil em meados da década de 1980. Era o EDUCOM, um projeto de pesquisa desenvolvido em conjunto por cinco universidades públicas que se dedicaram à produção de softwares, formação de educadores e desenvolvimento de projetos pilotos nas escolas.

3. Há uma certa polêmica em torno do uso das tecnologias em sala de aula. Afinal, os efeitos são positivos ou negativos para o desempenho dos alunos?
Vivemos numa sociedade informatizada. Não podemos negar o contato com a tecnologia justamente para a população menos favorecida que, em geral, só teria condições de acessá-la no ambiente escolar. Pesquisas mostram resultados promissores quando as tecnologias de informação e comunicação (TICs) são utilizadas de forma adequada, que oriente o uso para a aprendizagem, o exercício da autoria e o desenvolvimento de produções em grupo.

4. Como elas devem ser usadas do ponto de vista pedagógico?
As novas tecnologias podem ser usadas de diferentes maneiras, mas podem trazer soluções mais eficazes em projetos que envolvem a participação ativa dos alunos, como em atividades de resolução de problemas, na produção conjunta de textos e no desenvolvimento de projetos. O fundamental nessas tarefas é fazer com que os alunos utilizem a tecnologia para: chegar até as informações que são úteis nos seus projetos de estudo, desenvolver a criatividade, a co-autoria e senso crítico.

5. Na era da tecnologia, como serão as salas de aula do futuro?
A primeira mudança é a expansão do espaço e do tempo. Rompe-se com o isolamento da escola entre quatro paredes e em horários fixos das aulas. Teremos a escola no mundo e o mundo na escola. Isso, porque o conhecimento não se produz só na escola, mas também na vida - numa empresa, num museu, num parque de diversões, no meio familiar. Tais espaços poderão se integrar com as práticas escolares e provocarão uma revisão no conceito de escola e de currículo. Os equipamentos serão bem diferentes, estarão disponíveis em qualquer lugar, talvez nem tenhamos que carregá-los. A conectividade é que vai nos acompanhar em todos os lugares.

6. Quais serão as principais ferramentas dos professores? Que tipo de recurso já está sendo utilizado?
Já temos uma série de instrumentos sendo utilizados pelos professores. Os blogs, por exemplo, são bastante disseminados entre os docentes. O WiKi, que é um programa virtual de produção colaborativa de textos, também. Entretanto há outros recursos, como simuladores que permitem visualizar fenômenos da natureza ou do corpo humano que não teríamos condições de acompanhar se não fosse virtualmente; os simuladores propiciam também compreender o significado de funções matemáticas abstratas por meio de testes de hipóteses e da representação gráfica instantânea.

7. A senhora pesquisou a política de outros paises em relação à aplicação das TICs na educação. Como o Brasil se posiciona em relação a países como Estados Unidos e Portugal?
Atualmente, há uma convergência das experiências em diversos países. Os computadores portáteis, por exemplo, estão sendo testados em todo o mundo, simultaneamente: tanto em países da América Latina, quanto da África, da Europa. O problema, no entanto, não é a disponibilidade das tecnologias e sim a formação de professores para utilizar as TICs. Outro problema que também se evidencia em todos os países é a concepção de currículo. Precisamos superar a idéia do currículo prescrito como lista de tópicos de conteúdo. O currículo deve ser construído integrando o que emerge da própria relação cotidiana entre professores e alunos. Muitas vezes, os currículos não abordam habilidades e competências que precisam ser desenvolvidas. Quando se trabalha com o registro de uma atividade num blog, por exemplo, os alunos desenvolvem um projeto pelo computador, que tem o seu desenvolvimento registrado e, assim, é possível identificar diferentes dimensões do currículo que foram trabalhadas no projeto, o que vai muito além do currículo prescrito.

8. O que está sendo feito hoje em termos de formação de professores?
Em primeiro lugar, no Brasil, todos os programas voltados para TICs na educação têm essa preocupação de capacitar os professores. Mais do que permitir o acesso à tecnologia, os programas trabalham a preparação dos educadores. E isso é uma questão de longo prazo, porque a formação se dá ao longo da vida, tem que ser continuada e voltada para a própria prática. Além disso, temos hoje várias pesquisas sendo desenvolvidas nesta área e o Brasil se destaca por ter um projeto de tecnologias na educação que integra a formação de educadores, a prática de uso de tecnologias e a pesquisa científica.


Fonte: Portal do Professor

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Escola e tecnologia: uma conversa de Alberto Tornaghi

Escola faz tecnologia faz escola
Alberto Tornaghi


A série "Escola faz tecnologia faz escola..." traz para debate o diálogo entre tecnologia e escola. Poderia este diálogo contribuir para modificar a escola? Seriam estas as mudanças que nós, educadores, pretendemos e desejamos? Ou será que somos obrigados a mudanças indesejadas?

E a tecnologia, ela muda quando "vai à escola"? De que forma a escola, com seus alunos, seus professores, suas necessidades e sua história podem mudar a tecnologia? O que é preciso para isso? Que ações, que reflexões, que práticas, que alianças são necessárias para que tenhamos a tecnologia formada e conformada de acordo com anseios, possibilidades e potencialidades dos outros freqüentadores da escola?

Esta série é mais um canal que se abre para discussões sobre estes aspectos. O que se busca é contribuir para forjar a escola que produz a sua realidade, que contribui para a construção de soluções próprias para as questões que se apresentam. Nesta série, a questão central que se apresenta é a tecnologia como parceira nas ações educativas. Melhor dizendo, as tecnologias, todas elas: dos livros à TV, da Internet ao giz e ao quadro, queremos aprofundar o debate sobre como podem ser úteis aos nossos propósitos e como mudam tanto os objetivos como os meios para atingi-los.

Assumimos como fato que, mais dia menos dia, cada um destes elementos estará presente nas escolas, em cada escola. Já não cabe discutir se devem ou não estar na escola mas sim como devem estar na escola. Cabe também debater como a escola deve recebê-los, como pode se modificar em função das novas possibilidades.

Os livros trazem informação cristalizada, o que está neles até parece verdade, mas nem sempre é. Quem faz do livro algo vivo, que transcende o que ali está posto em suas tintas, é o leitor que o modifica ao ler com olhos próprios, permeado por sua cultura, sua vida, seu universo social. Lendo livros, vários livros, indo de uma referência a outra, discutindo com outros leitores, o leitor, cada leitor, faz do livro algo muito maior do que suas dezenas ou centenas de páginas. A riqueza de um livro não está no número de páginas que ele traz mas a quantas outras nos remete; não está só nas informações que contém, mas nas outras leituras que nos leva a fazer. O que faz de um livro uma "Obra Aberta" é quem o abre, o lê, o relê, concorda e discorda dele.

O intertexto, nome que se dá quando autores utilizam textos de outros em meio aos seus, virou hipertexto. Caminhamos hoje "por mares nunca dantes navegados" – um intertexto – de textos que se conectam, se completam e se contradizem, inserindo-se uns dentro dos outros como bem mostram a página na internet que trata de "Elementos do Texto " em "http://www.angelfire.com/bc/fontini/resenha.html#intertex" – um hipertexto –, ou como o trabalho de Gloria Elizabeth Saldivar, "A natureza heterogênea do discurso", em "http://www.discurso.ufrgs.br/article.php3?id_article=2". Estas citações fazem deste texto um hipertexto porque remetem diretamente à leitura de outros.

Um texto agradável em torno da definição de hipertexto pode ser encontrado na monografia de Miguel Said Vieira, "História do Hipertexto " que pode ser encontrada em: "http://www.eca.usp.br/prof/mylene/cje-566/hipertex/hiper.htm".

A Internet permite acessar muitos textos, hipertextos, imagens, vídeos, sons... Mas permite também o caminho inverso: que a escola vá ao mundo.Com a Internet a escola, cada escola, pode "mostrar a sua cara", colocando lá seus trabalhos, trocando suas dúvidas e incertezas.

Computadores com Internet talvez sejam os meios que mais nos fizeram falta na escola e sequer percebíamos isso. A Internet é o lugar da dúvida, da incerteza. Nada na Internet pode ser aceito passivamente, sem confirmação. Em nenhum espaço, antes, a certeza deu tanto lugar à dúvida. Com ela a construção do ser crítico, que precisa decidir e desenvolver capacidade de avaliação, é uma necessidade cotidiana. Como pudemos viver tanto tempo sem eles?

É preciso, também, refletir e propor formas de integração entre esses meios. O livro muda a Internet e a Internet muda o livro. Quem vê vários canais de TV ao mesmo tempo, quem estuda ouvindo música, quem lê ao mesmo tempo em que assiste TV, não escreve como quem viveu em tempos passados. Livros hoje, como este texto que você está lendo, são hipertextuais. Programas de TV buscam qualidades literárias. Os meios se contaminam e se modificam uns aos outros, porque são produtos do momento histórico em que são criados e utilizados. E este momento é, sem dúvida, multifacetado, pródigo em variedade tanto de forma como de conteúdo.

Como podem esses meios, cada um deles ou em conjunto, contribuir para a criação de ambientes de aprendizagem que envolvam os estudantes? Como podem contribuir para aprofundar a parceria produtiva entre professores e alunos? E a parceria entre alunos, pode se dar sob novas formas? Pode a tecnologia contribuir para que o aprendizado se dê de forma mais contextualizada? De forma mais divertida? Mais profunda?

Internet, computadores, TV e impressos podem ser tratados como suporte à informação: meios sobre os quais ela é veiculada. Mas isso é pouco, diminui e muito seu potencial como parceiros na ação educativa. Esses "meios", como diz o nome, são de comunicação, são para comunicação. É preciso aprender a lê-los e a "escrever" com eles.

Estes são alguns dos aspectos que pretendemos nos aventurar a debater ao longo desta série, organizada em cinco programas, que será apresentada no programa Salto para o Futuro/TV Escola, de 27 de setembro e 1 de outubro de 2004.

PGM 1 - Escola e tecnologia: uma conversa
Escola e tecnologia: que diálogo se constrói? Quem ganha e o que se ganha nesta interação? Que formação é necessária? Quais conformações são necessárias? Quais são úteis? O que muda na escola com a tecnologia? O que muda em quem vai à escola? E o que muda na tecnologia que vai à escola? A tecnologia como uma aliada de educadores e aprendizes.

PGM 2 - Objetos de Aprendizagem
Sistemas e ambientes que auxiliam o acesso ao conhecimento, a interação e a troca entre educadores. O conhecimento apresentado como o quebra-cabeça, esperando quem o monte. Nesse programa, serão discutidos o papel e a forma que têm alguns repositórios de propostas para educadores, entre eles, o RIVED do MEC, o século XX1 da Multirio e o Ambiente Pedagógico Colaborativo - APC criado pela SEE do Paraná.

PGM 3 – O mundo livre e a liberdade da escola
As possibilidades que se abrem à escola quando se usa Software livre (Linux). As trocas com seu entorno e a possibilidade de criar soluções próprias para suas necessidades. A possível cooperação entre professores e alunos ao criar programas com identidade local. O software livre e a possibilidade de produzir bens de interesse social na escola. O mundo da produção de software livre e a produção na escola: como dialogam?

PGM 4 – Rádio e TVÉ possível fazer TV e rádio na escola. Com que equipamentos se faz isso? Com que organização se faz isso? Como vê TV um estudante que faz TV? Como ouve rádio um professor que faz rádio em sua escola? Rádio e TV feitas com auxílio de computador e veiculadas via Internet. Como a escola pode usar e transformar o que recebe pelas antenas de rádio e TV?

PGM 5 - Internet
O mundo vai à escola, a escola vai ao mundo. Comunidades, correio eletrônico, pesquisa, informações, verdades e mentiras, cuidados, produzindo e publicando o que se faz, colaboração, weblog, novas parcerias, interação com outras escolas e com centros de estudos e pesquisa... É muito o que se pode com a Internet, mas ela não faz nada sozinha. Somos nós que a fazemos. Como podemos fazer escola com a Internet?


Fonte: Salto para o Futuro

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